Há dias ligaram-me para o trabalho. O senhor tinha acabado de saber da "minha" história e queria somente dar-me os parabéns por ela.
Entre várias coisas tocantes (como se não bastasse o simples facto de ter arranjado tempo para pegar no telefone para aquele miminho), disse-me que acreditavaque se Deus me tinha dado esta cruz era porque eu tinha forças para a carregar.
O senhor falava do cancro, sem saber quais as outras cruzes que carrego. E, provavelmente, não teve noção que aquele telefonema, naquela hora, e aquelas palavras não surgiram por coincidência (provando outra das suas convicções).
Essa imagem da cruz, e da minha capacidade de a carregar) tem-me acompanhado nestes dias, como um balão de oxigénio.
E não é nova para mim, pois cresci a ouvir a minha avó a dizê-lo. Mas, pelos vistos, estava a precisar de ser relembrada.
Obrigada sr. D., Deus é, de facto, providência.
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