Ontem ouvi um cronista que, a propósito do falecimento do cineasta José Fonseca e Costa, lamentava as vezes em que a morte é notícia e que suplantam o reconhecimento do mérito e valor expressado em vida.
De facto, acho que (uns mais dos que outros) padecemos todos de uma grande dificuldade em expressar admiração e elogiar os que nos rodeiam.
Talvez por ter tido uma experiência pessoal muito forte que me fez temer o fim da vida, tornei-me mais expansiva ao nível dos afectos. Quando estava doente, sentia uma vontade, quase irreprimível e por vezes embaraçosa, de dar abraços e beijos a quem se cruzava comigo.
Gosto de mostar os afectos e também lamento todas as vezes em que não conseguimos exteriorizar todos os sentimentos bons que alguém ou algo nos inspiram.
Apesar disso, quando ouvi aquela expressão "quando a morte é notícia", detive-me na ideia de que se isso acontece é porque a obra que nos foi deixada perdurará no tempo e nas memórias, como se o seu autor fosse imortal. Caso contrário, ninguém noticiaria a morte.
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