domingo, 19 de fevereiro de 2017

A croissanteria do demo

No sábado à tarde tive direito a 3 horas só para mim. Estive séculos a pensar como gastaria esse tempo, equacionei 1001 hipóteses sendo que esparramar-me no sofá a fazer zapping era aquela que se afigurava mais apetecível.

Sucede que tive de sair de casa e deixei-me tentar pelo demo. Eu sei que tinha prometido à mana do meio esperar por ela para irmos juntas à croissanteria do Oita mas não consegui.

Estava cheia de curiosidade, até porque se fala muito na revitalização que a mítica croissanteria trouxe ao centro comercial Oita (um clássico de Aveiro), que há anos definha(va).

De maneira que lá fui, só para espreitar claro. Ao aproximar-me comecei logo a apreciar o movimento criado pelo entra e sai de pessoas. Uma coisa em que ninguém acreditaria há pouco meses.

Depois fui-me aproximando e foi aí que surgiu o demo que, diga-se em abono da verdade, encontrou um terreno fértil, para não dizer uma "gaja fácil" de tentar.

A fila pareceu-me pequena e acabei por me plantar lá. Só me esqueci de espreitar onde ficava a porta que, contrariamente ao que pensei, não era ao virar da esquina.

Depois de uma hora (metade do que esperei para visitar a Basílica de S. Pedro em Roma - só para se perceber bem a (des)proporção da coisa) lá cheguei à caixa.

Pelo meio, os chicos espertos apanhados a tentar passar a perna a quem esperava e a mãe com um bebé ao colo que passou à frente de todos e só por sorte escapou à fúria de uma das pessoas que estava na fila.

Quando ouvi a senhora da caixa dizer a quem estava à minha frente que já não havia croissants de doce de ovos e ananás, recusei-me a acreditar.

Fiz de conta que não tinha ouvido nada e tentei a sorte (tal como na altura em que estudava para os exames da faculdade e ia aos armários da cozinha vezes sem conta, na esperança de que tivessem nascido lá bolachas).

Pois não havia e tive de me contentar com um croissant de doce de ovos e amêndoa que estava divinal. Havia também os sumos de máquina, vendidos a copo (laranja, ananás e groselha), tal como antigamente, mas não cheguei a provar.

Apesar de me ter sentido completamente parva, ao ter trocado o meu sofá por uma hora à espera numa fila, não me arrependo e, mais ainda, fiquei com vontade de voltar para abocanhar o meu preferido "croissant de doce de ovos com ananás".

O fenómeno desta reabertura merecia ser estudado por sociólogos. Esta a ser uma verdadeira loucura em Aveiro.

Espero, sinceramente, que os seus mentores  tenham unhas para agarrar o negócio. Tem tudo para ser um sucesso, mas dá para perceber que não será pera doce.

Por mim está aprovadíssima a croissanteria Oita do século XXI, com coisas por limar no atendimento, é certo (e refiro-me só ao processo pois as funcionárias com que falei eram simpáticas e muito atenciosas apesar de toda a freima), mas no geral nota positiva. Venha o de doce de ovos e ananás.

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