quarta-feira, 17 de maio de 2017

J.M. Coetzee essa agradável descoberta

Sou uma rapariga pouco dada a mudanças e quando gosto de um escritor tenho tendência para, durante algum tempo, só ler os seus livros. Aconteceu-me com o Eça, Garcia Marquez, a Isabel Allende, o Carlos Ruiz Zafon ... já para não falar na incontornável Agatha Christie e no Erle Stanley Gardner.

Mas também tenho momentos, raros é certo, em que decido expandir horizontes e descobrir novas escritas.

Adoro aquela sensação de ficar presa a uma narrativa e não conseguir largar o livro até chegar à última linha.

Quando o faço, das duas uma. Ou abandono o livro à 3.ª página, apesar de demorar sempre uns meses até me convencer que não vale a pena mantê-lo na mesinha de cabeceira ou fico presa.

E estou, presentemente, nesta 2.ª situação. O Coetzee está a ser uma agradável surpresa. Quando comecei a ler "A infância de Jesus" estranhei a simplicidade da escrita, estando em causa um Nobel e avançando na leitura na expectativa de perceber o título já que o romance não tem Cristo como personagem. A seguir peguei na "Idade do Ferro" que me fascinou como o livro anterior.

Gosto particularmente de perceber que a profundidade da escrita está no conteúdo pejado de metáforas, indiferente à utilização de floreados de que tantos abusam.

Pena é que não seja tão rápida a devolver livros à biblioteca como sou a lê-los, o que me colocou na lista negra durante 1 mês. Mas pode ser que o papá tenha algum lá por casa. Até me cansar vai ser assim.

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