sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Dia Mundial do Linfoma - pequena reflexão pessoal

Hoje é o Dia Mundial do Linfoma e, naturalmente, a causa toca-me particularmente.

O Linfoma é um cancro no sistema linfático, que é quase o mesmo que dizer que não tem propriamente um poiso definido.

No meu caso, linfoma de raça Hodgkin, as células ruins resolveram alojar-se acima e abaixo do diafragma o que conferiu ao bicho o estadio IV, levando a que o ataque fosse meramente químico, já que a radioterapia só faz sentido em tumores localizados (penso que não estarei a dizer asneiras quanto a esta última parte).

O que fez com que as minhas células começassem a trabalhar desordenadamente e dessem origem ao bicho, talvez nunca venha a saber. A ciência ainda não tem resposta para esta questão. Sabe-se só que, tal como os outros cancros, não é hereditário e muito menos contagioso.

Conclusões neste dia que é de consciencialização para a problemática:

- Há que ouvir o nosso corpo. Comichões, suores, gânglios inflamados .... podem, combinados ou isoladamente, podem dizer alguma coisa ou não. À cautela, convém esclarecer o seu significado.

- Não existe o "porquê eu"?! O tipo não é esquisito. Fui eu, como podia ter sido o vizinho do lado.

- Ter paciência e acreditar que, mais dia menos dia, perceberemos o "para quê"?, é decisivo não só  para o sucesso da batalha campal como para manter a saúde mental.

- Um diagnóstico de cancro não é, de todo, uma sentença de morte e os efeitos secundários da quimio nem sempre são uma fatalidade (a minha querida Tita e o meu rico cabelo que o digam).

- Por último mas se calhar o mais importante é, com cancro ou sem cancro, viver cada segundo sem desperdiçar um milésimo que seja de tempo. O tempo jamais será suficiente para tudo de bom que temos para viver. Deitá-lo fora não é loucura, é burrice mesmo.



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