Segundo li no Observador, a ex-ministra Paula Teixeira da Cruz entende haver uma diferença entre vida humana e vida biológica que acontece quando "somos só tecido" e, como tal, não haver necessidade de alterar a Constituição, caso se legalize a eutanásia. Pressupondo que as suas palavras não foram deturpadas ou descontextualizadas, estar sedado em fim de vida não é vida humana.
Li a notícia e fiquei a reflectir nos conceitos relativamente aos quais não podia estar mais em desacordo mas mais do que quanto à questão de fundo, que é legalizar ou não a eutanásia, detive-me na importância que a filosofia tem nesta discussão enquanto modeladora do pensamento. Por norma vemos as questões de bioética discutidas por médicos, juristas e teólogos e é fácil cair na tentação de as limitar à vertente da religião, tornando-as em mais uma luta entre crentes e não crentes. Mas são muito mais que isso, conforme decorre dos conceitos da ex-ministra, baseada não sei em que fundamentos.
E eu que detestei estudar filosofia, por não lhe ver sentido prático, começo a perceber quão errada estava.
Discutir o sentido da vida não é coisa de filósofos e poetas. Encontrá-lo então será o factor decisivo para que a vivamos de forma plena e inteira.
Como encontrar o sentido da vida? Um caminho poderá ser o proposto por Viktor Frankl. Vejam esta pequena entrevista que cada um entenderá nas suas circunstâncias. Eu acredito que o Homem não o consegue sozinho. Outros acreditarão que sim. Todas as opiniões são válidas, desde se coloquem os pés ao caminho.
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