quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Dar beijinhos aos avós

Peço desculpa mas não consigo evitar o tema do momento. Devemos, ou não, obrigar as crianças a dar beijinhos aos avós?

Brincadeirinha, acho que o cerne da questão não é esse. Acho até que o discurso que o, agora famoso, professor universitário teve no Programa Prós e Contras  só serve para desviar ainda mais a discussão daqueles que devem ser os pontos chave de tudo aquilo que se refere aos relacionamentos humanos. O respeito, a tolerância e o meio termo.

Comparar um beijinho na cara, seja dos avós seja de um estranho, a um acto de intimidade é, no mínimo, tão estrambólico quanto acusar de adultério uma mulher casada pelo simples facto de falar com outro homem (como sabemos ainda acontecer  em certas culturas).

Um beijinho na cara é em Portugal, pelo menos assim mo ensinaram, um gesto social de respeito pelo outro.

Compreendo que exista quem não goste de o fazer e evite, assim como compreendo que fique magoado ao perceber que alguém evitou cumprimentá-lo dessa forma,  mas aí entramos no campo do respeito e tolerância pelas diferenças.

Devemos perceber o porquê de alguém, em especial se for uma criança, não querer dar beijinhos na cara a outra pessoas. Penso que aí estamos todos de acordo. E, em função do motivo, orientar a criança. É o nosso dever enquanto educadores, nunca esquecendo que vivemos em sociedade.

Porque não adultos e crianças a dosear as "exigências" e cedências de beijinhos da cara, em vez de criar situações de histeria à volta de assuntos de lana-caprina?

Eu cá, continuarei a obrigar as minhas filhas a dar beijinhos aos avós. E não, não creio que as esteja a violentar.

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