É verdade que, esta manhã, deixei a minha filha mais velha à porta de casa.
É verdade que foi a senhora que trabalha em casa da minha vizinha da frente que ma veio trazer ao carro, enquanto a pequena chorava lágrimas de crocodilo.
Mas não tirem conclusões precipitadas.
O carro estava estacionado à porta do prédio e o meu objectivo era ir buscá-la lá dentro, assim que tivesse a Benedita em segurança, isto é com o cinto da cadeirinha apertado e depois do carro trancado.
E tudo isto porquê? Porque a menina Leonor resolveu estacar tipo mula, a fazer uma daquelas birras, só porque não acedi a um dos seus desejos (melhor dito, caprichos).
Não andava um milímetro para a frente nem para trás.
Entre largar a pequena que, com 19 meses, ainda não domina completamente o equilíbrio, especialmente no cimo de uma escadaria, ou deixá-la a espernear dentro do prédio, tive de optar.
Imagino que a minha imagem não seja das mais limpas perante aquela senhora que, de vez em quando, se comove com as lágrimas da minha filha e resolve limpá-las.
Mas juro, pela saudinha das minhas filhas, que jamais abandonaria uma cria.
Por mais que a vontade, às vezes, seja essa.
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Passo por cá todos os dias, porque me me inspira e ajuda a encarar com esperança e optimismo a oportunidade de sobrevivermos ao cancro.
ResponderEliminarFico muito contente por inspirar esses sentimentos bons.
EliminarObrigada pela visita e volte sempre.
Um beijinho
deixada à porta de casa, num prédio pequeno e pouco habitado, só enquanto foste pôs a mais novita no carro, sendo que o prédio só tem uma saída! Quando a leonor Faz dessas birras e estaca, que se pode fazer mais? Dar-lhe uma lamparina não se pode, porque, segundo os entendidos traumatiza a criança...eu sou de uma geração de traumatizados, ou não!
ResponderEliminarEstou aqui a rir-me à parva com o teu uso da palavra "lamparina" :D nunca te tinha ouvido usar semelhante vocabulário!
EliminarSusana, don't worry, nós testemunhamos a teu favor quando a coisa for a tribunal.
Beijinhos