Ontem, quando fui buscar as meninas à escolinha, estava longe de pensar naquilo que iria ver.
A Maria Leonor andava a brincar com um menino, que vim a saber ser novo na sua salinha.
Na hora de ir embora, chamou-o "R... anda cá falar comigo".
O R. assim fez, aproximou-se da donzela, esticou-se e espetou-lhe um beijo nos lábios.
Fiquei pregada ao chão, a hiper-ventilar e sem saber o que fazer.
Ela, como se nada fosse, virou-se serenamente e deu-me a mão.
Ainda julguei ter visto mal e perguntei "Leonor, o menino deu-te um beijo no nariz?". "Não, mãe, foi na boca".
Juro que me apeteceu chorar. Não estava preparada.
Bolas, imagino como será a sensação daqui a uns anos. Quando os beijos forem a sério.
Acho que é hoje que envio a rapariga para um convento de freirinhas contemplativas.
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Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.
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